domingo, 17 de janeiro de 2010

Eleições 2010 – a definição dos vices.

Nesse contexto pré-eleitoral, estou ansioso para ver os planos de governos que serão apresentados pelas chapas que disputarão o planalto. Todavia, é uma ansiedade controlada, porque sei que os planos abordam muitos temas com certa generalidade, o que não poderia ser diferente.

Portanto, outro indicador das linhas possíveis que serão adotadas pelo presidente eleito pode ser a definição dos vice-presidentes na chapa. Esse assunto chama mais a atenção da mídia interessada que busca fulanizar a discussão.

O meu interesse não é pelo nome em si, mas o que representa em termos de orientação estratégica de governo.

Senão, vejamos:

A chapa do governo hoje apresentada como a mais provável, Dilma-Temer, representa a continuidade do que foi feito principalmente no segundo governo Lula, que já trazia uma vitória da ala mais desenvolvimentista, que pedia mais investimentos, com relação àquela representada por Palloci e Meirelles, interessada mais no controle do caixa.

Agora, caso a chapa seja Dilma – Meirelles, pode representar uma orientação diferente, ou seria apenas um para conquistar o eleitor satisfeito com a estabilidade financeira que se credita na conta do presidente do Banco Central?

E se o PMDB do B tiver força para lançar Requião? Será que haveria uma jogada de Requião ser o vice de Dilma, em torno do programa que ele representa, vinculado às idéias de Mangabeira Unger e outros nacionalistas, como Carlos Lessa e Darc Costa?

Ou sendo Requião candidato, haveria a possibilidade de Ciro ser vice de Dilma, ficando o apoio do PMDB para o segundo turno? O que isso significaria em termos de política econômica e de políticas sociais?

Os dois último são Lulistas. Defendem os avanços sociais alcançados pelo atual governo. Um fala no comprometimento da política econômica com o capital vadio, o outro fala bate mais na questão da institucionalização dos avanços alcançados.

E do lado da oposição? Com os acertos no Rio de Janeiro, será que tem chance de ocorrer a Chapa Serra-Marina? Parece que a Chapa Marina Silva-PSOL ficou inviabilizado com o movimento de aproximação do PV com o PSDB no Rio de Janeiro, e a Marina tomou o rumo da direita.

Ainda assim, meu palpite é que essa chapa não vingará. Marina e Serra serão candidatos em chapas distintas em 2010. E Marina deverá apresentar-se neutra no segundo turno.

Ciro sai candidato? E com que vice, com qual coligação? Qual o projeto? Em que consegue se diferenciar da proposta do PT? Dizem que, nos bastidores, poderá contar com o apoio do Aécio.

Carlos Lessa, do PSB-RJ, já sinalizou apoio à Requião. Mas, como personalidade de vôo solo, não indica nada.

Mesmo com o provável cenário da eleição plebiscitária, muitas coisas estão indefinidas. Eu, de momento, já me defini. Posso ser classificado como eleitor indeciso, pelo menos até que as coisas fiquem mais claras.

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